Em 2025, o Brasil deu um passo histórico rumo à construção de uma sociedade mais inclusiva e respeitosa com a diversidade humana: oficializou o Novo Símbolo Universal de Acessibilidade, criado pela ONU em 2015.
Mais do que uma simples troca de imagem em placas e sinalizações, essa mudança representa uma transformação profunda de mentalidade e convida todos nós a refletir sobre o verdadeiro significado da acessibilidade.
Durante décadas, o símbolo da cadeira de rodas foi o principal ícone da acessibilidade. Embora importante, ele representava apenas uma parte do todo: as pessoas com mobilidade reduzida.
O novo símbolo, por outro lado, amplia esse olhar. Ele representa todas as pessoas com deficiência, de maneira mais diversa, atual e inclusiva.
A nova imagem traz uma figura com os braços e pernas abertos, expressando movimento, liberdade, autonomia e pertencimento. É uma representação visual poderosa, que comunica uma mensagem clara:
As pessoas com deficiência têm direito à participação plena na sociedade com respeito, dignidade e protagonismo.
Adotar o novo símbolo não é apenas uma questão estética. É uma afirmação de valores. É assumir um novo olhar sobre a inclusão, questionar estereótipos antigos e reforçar que acessibilidade é um direito de todos, não um favor.
A mudança também traz implicações práticas:
O Brasil terá 3 anos para adaptar sinalizações e materiais em espaços públicos e privados.
A atualização é prevista pelo Projeto de Lei nº 2.199/2022, aprovado recentemente.
Essa ação se soma a outras políticas públicas em prol da equidade e da inclusão social.
O novo símbolo também nos convida a ir além da sinalização. Ele nos provoca a repensar:
Os espaços físicos estão realmente acessíveis?
As atitudes e práticas dentro das escolas, empresas e comunidades são verdadeiramente inclusivas?
Estamos construindo uma cultura onde todos se sintam pertencentes?
A acessibilidade deve estar nas estruturas, mas também nas relações, nas decisões e nas intenções. Uma sociedade acessível é aquela que ouve, adapta, acolhe e aprende continuamente.
Essa mudança de símbolo é um marco. Mas o trabalho real começa agora: transformar os espaços, as práticas e os olhares.
Se queremos uma sociedade e uma escola mais acessíveis, precisamos agir com intencionalidade e empatia. Incluir não é apenas permitir a entrada, é garantir o pertencimento.
✳️ Esse conteúdo faz parte da série Gomo de Conhecimento, produzida pelo Grupo Conectar para inspirar novas reflexões e ações em favor de uma educação pública mais justa, atual e acessível.